Muitos clientes nos fazem essa pergunta – que não é de fácil resposta.

Mas NÃO RECOMENDAMOS a mistura de vida pessoal com vida empresarial nas redes sociais (qualquer uma).

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Pela nossa experiência, isso só é válido para influenciadores, atores, atrizes, cantores, atletas – um nicho que faz do seu perfil pessoal uma empresa que se auto divulga e divulga produtos de outras.

Porque basta olhar nas redes sociais de empresas médias e grandes, e você verá que não há nenhuma referência à vida pessoal dos sócios. Você nunca vai ver no perfil da Adidas o novo lançamento de tênis nos pés de um dos seus diretores; nunca viu no perfil da Apple, Steve Jobs com um Iphone na mão senão para explicar sobre o projeto – e nem posso afirmar que sua imagem já tenha sido usada pra isso; jamais viu num banner o diretor da Coca Cola, da Ambev ou da Heineken, com um refrigerante ou uma cerveja curtindo uma praia; nunca vai saber se o dono das Havaianas usa chinelos de borracha, nem jamais vai ver qualquer diretora da Louis Vuitton avisando que está embarcando para NY com sua bolsa ou mala da marca a tiracolo.

Pra ficar num profissional que é sua marca – casos de médicos, coachs, dentistas, engenheiros, advogados, contadores, psicólogos, nutricionistas, professores (de línguas, redação, etc), terapeutas, palestrantes (como Leandro Karnal, Clóvis de Barros Filho, Mario Cortella) -, vamos citar o médico oncologista Drauzio Varella: você nunca vai ver no perfil profissional dele sobre suas viagens de férias, o nascimento do netinho, o aniversário da filha mais nova, ele na academia.

Aí você vai dizer: “Ah, mas eu não sou famoso(a) assim…”  Não, pode não ser. Mas se está trilhando um caminho em que pretende ter ascensão, é pertinente observar quem já está onde você quer chegar.

Ainda assim, muitos clientes optam por não seguir nossa indicação e é fácil de entender.

Primeiro, normalmente as pessoas começam um perfil pessoal e quando resolvem usá-lo pra falar de seu trabalho já tem muitos seguidores e esbarram no fato de que, ao abrir uma nova conta se começa do zero – e é verdade que é muito difícil que os seus seguidores pessoais migrem 100% para seu perfil profissional. Assim, fica a sensação de que é mais fácil ‘aproveitar’ os seguidores pessoais e tentar transformá-los em clientes. A pergunta que você deve se fazer é: mas isso efetivamente terá o resultado que espero e desejo?

Depois, muitos tem dificuldade em administrar e alternar contas – apesar do Instagram ter facilitado e ser possível administrar pelo app até cinco contas, nem todo mundo que quer cuidar sozinho de ambas sabe mudar, e acaba se confundindo. No Facebook, é preciso abrir uma página – outra dificuldade para alguns; e no Twitter, tb precisa alternar contas.

O outro entrave é sobre privacidade. Muita gente opta por ter conta fechada, partilhando suas fotos somente com quem conhece; um perfil profissional tem que ser transformado em comercial e isso o torna obrigatoriamente aberto se você quiser ter acesso a informações de visualizações, de métricas, conhecer melhor seu público, melhor horário de interação, promover comercialmente, e, o mais relevante: ampliar seu público. Senão, você vai continuar falando apenas com quem conhece – ou seja, ‘pregando somente para convertidos’. E aí, ao abrir o seu perfil, você deve se perguntar se o que você costuma postar sobre a sua vida pessoal ‘casa’ com seus objetivos profissionais e acrescenta alguma coisa ao segundo quando falamos de ‘conta pública’. Você tem que saber que ao unir os dois perfis, as pessoas estarão olhando e te julgando também como especialista no assunto profissional.

Muita gente alega que deseja conciliar pessoal e profissional porque percebe que as fotos pessoais tem mais curtidas e comentários que as imagens profissionais, e isso faz pensar que as fotos com mais curtidas ajudam as com menor alcance. Isso não é comprovado como resultado real no retorno da marca, pois se deve ao simples fato de que quem te segue, normalmente te conhece e acha fofo o que você posta quando se trata da sua vida pessoal, mas provavelmente não tem interesse em se tornar seu cliente (se você é psicólogo, por exemplo, sabe que pela ética não vai poder atender sua prima ou amiga (e ela também sabe disso), de modo que as postagens que divulgam seu trabalho ou os cursos que você pretende dar, não interessam pra ela.

Essas são algumas considerações que você pode analisar e, ao optar por manter as duas contas juntas, deve levar em conta outros pontos:

  • Equilibre a quantidade de fotos profissionais e pessoais publicadas.
  • Não esqueça que o seu cliente (ou possível cliente) está te avaliando; portanto, cuidado com fotos e informações pessoais que possam prejudicar sua credibilidade ou colocar em dúvida seu potencial – por exemplo, se você é coach pessoal, terapeuta ou psicólogo, e passa por um período momentâneo de depressão ou luto, melhor não publicar nada que se refira a isso.
  • Evite também posicionamentos extremos com relação a religião, política, gênero, raça, futebol e outros assuntos polêmicos.
  • Preserve-se em fotos bebendo ou fumando.
  • Não fale mal de outras empresas ou profissionais concorrentes.

Ter dois perfis dá mais trabalho e o perfil comercial demanda mais elaboração, padrão estético e cuidado. Mas ao juntar seus dois perfis, esteja bem mais atento ao que você publica, porque tudo que você expõe, será levado em conta na hora de contratarem seu serviço ou adquirir seu produto.

E não esqueça: prefira usar um mesmo nome de usuário em todas as suas redes sociais: isso ajuda a fidelizar seu cliente, a identificar sua marca, e ainda simplifica a confecção de banners, cartões e papelaria.

Boa sorte!

E se precisar de ajuda pra administrar suas redes sociais, fale com a gente!

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